O Programa de Saneamento Integral de Maués (PROSAI), do Governo do Estado com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e parceria da Prefeitura de Maués, além da preocupação com o saneamento básico, está promovendo a preservação da história arqueológica do nosso município.
Nos dias 11 e 12 de abril, Maués recebeu a visita de arqueólogos que estão realizando a elaboração dos estudos exigidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Por lei, todo empreendimento que necessite intervir solo deve fazer uma avaliação da área afetada.
A Unidade de Gerenciamento de Projetos Especiais (UGPE) contratou, por meio de licitação, o Consórcio DAMATA/HABILIS para a elaboração e desenvolvimento dos projetos de diagnóstico, prospecção, monitoramento e educação patrimonial. De acordo com o arqueólogo Wesley Charles de Oliveira, haverá uma equipe de arqueólogos em todas as frentes de obras do Prosai, para garantir a integridade do patrimônio arqueológico de Maués.
“A possibilidade de existir sítios arqueológicos em torno das Lagoas é real. No entanto, devido ao processo de urbanização da cidade, que é um fenômeno natural, a cultura material das novas populações foram sobrepondo a dos povos antigos. Desta forma, o nosso trabalho é garantir que, caso seja encontrado algum vestígio arqueológico, o mesmo possa ser alvo de resgate e estudo proporcionando a contribuição para a história mauesense.”, explicou.
Projeto de Educação Patrimonial
O Projeto de Educação Patrimonial também é uma exigência legal do IPHAN. Todo estudo arqueológico em qualquer uma dessas fases do licenciamento precisa ser contemplado com ações de educação patrimonial, que consistem em apresentar a comunidade o que é patrimônio arqueológico e cultural do seu lugar. Durante a vinda a Maués, os arqueólogos visitaram escolas municipais das zonas Urbana e Rural com o objetivo de colocar em prática esse projeto.
Duas dessas escolas municipais, Higina Bonilha Rolim e Nossa Senhora de Fátima, ficam respectivamente na Ilha de Vera Cruz e na comunidade Nossa Senhora de Fátima no Canarana, onde existem sítios arqueológicos.
“O principal objetivo do projeto é fazer com que a comunidade solidifique o sentimento de pertencimento quanto ao material que muitas vezes é encontrado no quintal, na rua, em ambientes do dia a dia. No caso das crianças, de forma bem lúdica, instigamos que elas façam desenhos sobre a cultura material do município. Muitas delas têm bastante noção e sabem a importância.”, ressaltou o arqueólogo Wesley Oliveira.
De acordo com o prefeito de Maués, Junior Leite, esse é um importante processo para as obras do Prosai. “Vamos seguir todos os trâmites legais para dar prosseguimento a esse projeto tão importante para o nosso município. Além de ser uma exigência do IPHAN, creio que a presença dos arqueólogos será muita significativa para o fortalecimento do nosso patrimônio cultural. A Prefeitura de Maués dará total apoio para que as pesquisas sejam realizadas.”, ressaltou o prefeito.
O Prosai
O Programa de Saneamento Integral (Prosai) avançou, em março, mais uma etapa na primeira frente de trabalho na Lagoa da Maresia, que tem uma área de aproximadamente 22 mil m². A Lagoa da Maresia será a primeira das três lagoas do município a receber as ações desse grande projeto que tem cunho social, ambiental e turístico. A previsão para a conclusão é de 2 anos.
Fotos: Reinaldo Santos e Consórcio Damata-Habillis